EDUCAÇÃO PARA BRASILEIROS

Monday, April 23, 2007

Cavaleiros e damas e brasileiros

Cavaleiros e Damas e brasileiros
Marcelino Rodriguez

Um padre amigo meu disse que a gente nunca deve falar a verdade, ou então se falarmos temos que sair correndo. Assim que em 2004 por exemplo fui pra Argentinaporque em grande parte fiquei com medo de brasileiros. Depois de passar poucas e boas em quase tudo que tenteirealizar nesse país , seja nas suas instituições ou nos seus trâmites; depois de ver meus melhores sonhos, minhas melhores intenções serem pisoteadas, comecei a ter pânico de brasileiro. Alguém deve pensar que exagero, mas na verdade minimizo. A verdade seria ainda mais cruél. Imagine que o brasileiro não tem, por exemplo, palavra. Ou seja, o que ele fala não se escreve. Quando ele diz algo, em noventa por cento das vezes não quis dizer nada. E vai reclamar a palavra de honra... Hã, o que é isso? Assim que me irritam quando falam mal do governo. Na verdade, essa estupidez toda me cansa, essa sinergia da tolice e do erro. Preparei-me para ser uma pessoa de bem durante anos, um escritor digno do meu ofício. Mas antes de tudo procurei fundamentar-me não na egolatria pessoal da profissão, mas na sua função social. Informar e entreter, criticar e exaltar, mais ou menos nessas bases. Sem paciência nem padrinhos nas editoras maiores, sai sozinho com minha arte contando apenas com o povo. E ai que Voce quebra a cara. O povo, e não falo do povo mais simples, nada a ver, o problema do brasileiro é muito mais de caráter que de escolaridade; falo de toda gente que não tem o dom da civilizade nem da solidariedade com aquilo que vem de seus semelhantes. A falta de vínculo com o valor do outro. Melhor que eu dê exemplos. Um escritor conhecido meu, sabendo o quanto é importante para minha subsistência que eu venda meus livros, disse depois de faltar com a palavra por quase um mês que não teve ainda "tempo" de entrar numa casa lotérica. A ex namorada que dediquei o livro e escrevi um dos textos mais sentidos, dois anos depois de escrito, disse-me que pensa nisso todo dia. Você pensa que ela leu o livro? Ou se interessou? Ela está "pensando", o outro está "sem tempo" e o culpado desse país ser medíocre, é claro, "é o governo". Fora o resto que vos poupo, acabei , por essas e outras, pegando medo de brasileiro. A falta de responsabilidade e civilidade, a falta de delicadeza de colocar "o outro" em primeiro lugar torna o país quase que inabitável. Vivo numa solidão inóspita e parei de ler a cultura clássica a passei a estudar as coisas apenas que dizem respeito as necessidades básicas senão eu ficaria mais ainda sem interlocutor. SUa opinião? Sinceramente, não quero saber sua opinião. Quero apenas que Você me reconheça, me respeite, cumpra com sua palavra, chegue no horário, e pense um pouco mais além de seu egoísmo e sua indiferença. Se Você pensa mais em você do que na república, desculpa, você não é educado ainda. E só me interesso por cavaleiros e damas.
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23.04.2007

Thursday, March 29, 2007

O EGOÍSMO ALEGRE DO BRASILEIRO

Marcelino Rodriguez

"Um dos buracos na personalidade do homem brasileiro é a falta de noção de conjunto. Ele vive no mesmo espaço que seus compatriotas, mas é meio que incapaz de solidarizar-se; daí que vem o crescimento baixo da economia e a medíocre distribuição de renda. Em toda sociedade decente, quando as comunidades percebem um valor num cidadão, seja lá um talento (literário, científico, político, humanitário) costuma apoiar e proteger. Aqui no brasil, qualquer pessoa de valor se não tiver o apoio de parentes está literalmente a deriva, pois o brasileiro (não falo das excessões, falo da regra) não costuma apoiar de fato nem seus amigos. Ele ri, brinca, conta piada, samba, bebe, mas possui um individualismo social estéril. Nâo dá a mão ao seu próximo. Ele não percebe que quando nega o valor do outro, ele mesmo fica mais pobre e mais nas mãos dos lobos que o devoram. Em geral, para o brasileiro o "outro" é apenas um ente distante, mesmo a um metro dele. Ele não se vê como um cidadão num conjunto de outros; ele se vê como um pequeno "rei" dentro do seu egoísmo social. Pena que sem reinado"

Monday, February 12, 2007

ONDE ERRA O ESTADO

ONDE ERRA O ESTADO

Marcelino Rodriguez

Devido ao acontecimento escroto pra dizer o mínino acontecido ao menino João, logo as vozes se levantam pra aumentar a punição, o castigo aos criminosos... O presidenteLula foi muito feliz ao dizer que o Brasil deve repensar onde está o erro - "onde foi que erramos, nõs o estado brasileiro" - segundo ele disse. O erro á vasto, antigo e crônico. O Brasil não investe em capital humano. Vale muito pouco a vida humana nesse país. È um mercado sórdido e cruél as relações sociais. E a lacuna a ser pensada é exatamente a educação de base, a mudança de uma mentalidade pobre, inculta, tacanha pra uma reasocialização do individuo brasileiro nos bens naturais da vida. A resposta a indagação do presidente é simples: investimento maciço em educação e uma campanha civilizatória pelos bens da cultura, de maneira responsável, senão fatos como esse e outro que ocorrem no país, um dos mais violentos (violência gratuita) do planeta. Aqui todo mundo é vítima ou algoz em certo ponto, dado que se vive numa selva de pedra. O menino João foi mais uma vítima de uma sociedade sem o mínimo planejamento, sem senso de unidade, onde cada um quer ser maior , melhor e mais forte que seu irmão. O Estado brasileiro não tem que aprender a punir, isso ele já faz e muito; tem que aprender é investir em gente, caso contrário vamos continuar a passar por cenas dantescas como essa. Tornar mais rigorosa a punição não resolve, mas sim melhorar a qualidade de vida da população como um todo. Uma das consequências imediatas desse investimento seria a diminuição significativa da violência.

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Monday, February 05, 2007

A Utopia de Amor - Marcelino Rodriguez

A Utopia de Amor

Marcelino Rodriguez

Conversava ontem com uma pessoa sobre a possibilidade de minha participação no Fórum Social de economia solidária no Rio Grande do Sul, em Novo Hamburgo,
sem dúvida um assunto fascinante e que sempre me intriga - como pode haver economia sem solidariedade, posto que a própria natureza em que pese o lado predador mostra que a abundância e o equilibrio são por onde as forças vivas da vida confluem ? - ; assim como me intriga a miséria que é uma criação da besta-fera humana, já que Deus está longe de ser miserável.... a coisa mais difícil de criar no mundo é a miséria, fiz estudos profundos sobre isso. E faço ainda. E os homens conseguem, através do egoísmo , da pervesidade e da estupidez criarem
o quadro dantesco que vemos. No caso particular do Brasil, a miséria vem da ausência de valores, uma vez que o "capetalismo" brasileiro é improdutivo, estéril. Não se investe em gente e gente sem educação vira um bicho perigoso, mais que serpentes e tigres. No Brasil a solidariedade coletiva faria milagres, dado as condições naturais do País, mas isso só seria possível mudando os brasileiros. Minha opinião é que se deve criar um novo ser humano pra que seja possível a implatação de uma economia solidária. E no Brasil, um novo brasileiro. Que fale menos e funcione mais, senão estaremos sempre à deriva numa República de Judas. A violência aqui é institucional , cotidiana e maciça. Não por falta de recursos, mas de bondade e cultura. Se eu participar do Fórum eu direi que quando o homem é educado, ele é solidário por natureza, porque um homem que tenha verdadeira cultura não é indiferente a dor de seus semelhantes, nem permite corrupção com facilidade. Alguém se arrisca ensinar nas escolas que bondade pode dar lucro?
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Tuesday, January 23, 2007

O Alheamento do Conjunto - Marcelino Rodriguez

O Alheamento do Conjunto

Marcelino Rodriguez

Outra coisa que se percebe no rombo da educação é que o brasileiro parece que compete com todo mundo o tempo inteiro, cada um com uma opinião sobre tudo. Não se percebe nunca o "
outro" e isso quando se percebe o outro, como um possível amigo, vizinho ou aliado. È como se a população brasileira vivesse à deriva, procurando um "amigo" que não está em lugar nenhum.
Não se tem o senso do "conjunto". È como se todos fossem naúfragos e morressem afogados porque são incapazes de olhar para o lado e avistarem que ali existe um "próximo". O desemprego bossal do Brasil é fruto do egoísmo mais primitivo, assim como o atraso de sua economia é causado pela educação catastrófica e alienada do povo.

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Thursday, January 11, 2007

O Desfuncionamento Do Brasileiro

O Desfuncionamento Do Brasileiro

Marcelino Rodriguez


O Desfuncionamento Do Brasileiro

Marcelino Rodriguez

Bem, como a educação do Brasil só forma consumidor pro mercado, ele vive numa guerra corpo a corpo pela sobrevivência no espaço. Todo quase sempre "entende de tudo", de futebol ´`a "política internaciona"l. Ninguém quer parecer burro,mas ninguém quer fazer esforço pra saber de fato. Vida de faz de conta. Ai Voce pega um ônibus e o trocador só sabe passar o troco, mas não sabe pra onde está indo. 999 entre cada mil brasileiros não sabem quem foi Cervantes, por exemplo. Não existe cultura nessa educação fajuta. Os professores são bebedores de Chopp e expectadores do Big-Brother. Ai todo mundo fala mal do governo, mas não se ajuda quem merece nesse país. Quem faz algo de bom aqui deveria ganhar um nobel, pois pra ajudar o Brasil tem que, antes de tudo, vencer o subdesenvolvimento da população em todos os escalões. Vive-se um individualismo bárbaro, cada um defendendo seu pirão enquanto nos sinais os pivetes sinalizam o perigo. Ninguém sabe nada, nem onde fica o país, perdido com 1/3 de água potável do planeta... ò pátria tão distraída.


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Monday, January 08, 2007

O Perigo da Alienação Social

RESGATANDO OS CONTOS INFANTIS

Marcelino Rodriguez

Bem, devo um pouco da parca sabedoria humana que tenho aos contos infantis que lia na Infância como "O Gato de Botas", "A Galinha dos Ovos de Ouro". Por incrível que pareça essas histórinhas singelas trazem uma verdade essencial muito grande. Está me parecendo que a Educação no Brasil está sendo feita por Bárbaros e Mercenários há mais de 20 anos, pois parece que não há idéia nesse país de que se "vive em coletividade" e que quando não se investe em um ser humano, seja no seu trabalho produtivo ou no seu talento ou mesmo na sua humanidade, esse vácuo não ficará impune. A falta de Infra-estrutura geral no País é que dita o baixo IDH (Indice de desenvolvimento humano)
da população. Noto que o Brasileiro em geral (esse Blog não é para as excessões)
não dá valor a nada que não seja de seu imediato interesse. Ou seja, se o cara é padeiro só faz pão, se é marceneiro é marceneiro, se é ladrão é ladrão, mas sem nenhuma
literatura ou maior poesia no viver. Ai tem-se que aguentar cenas como aquelas do cara que rouba o Portinari e vai vender na praça pública. Ele não sabia bem o que roubava. Acho que os contos infantis deveriam ser obrigatórios nos primeiros anos até porque a vida sem infância e inocência não tem graça nenhuma. Até hoje só acredito nas crianças. Ou na que tem cada adulto.

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Se VC não está satisfeito com a Educação No Brasil interaja. Breve estarei com o Ministro da Educação com minha proposta.